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Blog com temas geográficos e atualidades voltado para estudantes, professores e candidatos ao Enem.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

TEMAS ATUAIS PARA O ENEM 2011


De acordo com um levantamento feito pela revista Veja, há possíveis temas para a prova de outubro, selecionei mais alguns abaixo;
 
União civil entre homossexuais
Em maio, em decisão inédita, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união civil entre homossexuais. A conquista pode estimular temas de redação, que exigem que o candidato se posicione. Vale lembrar que também circularam pelo noticiário recente a lei que criminaliza a homofobia.

Tragédia no Japão
Questões sobre energia nuclear devem aparecer na prova de Ciências da Natureza, principalmente devido ao terremoto de 9 graus na escala Richter seguido de um tsunami que arrasou a costa do Japão, em Março, e provocou o mais grave acidente nuclear. É importante ter em mente os prós e os contras dessa matriz energética e seus impactos ambientais.

Censo demográfico
Como de costume no Enem, a interpretação de tabelas e gráficas é figurinha carimbada na prova. Portanto, o censo demográfico é um prato cheio para questões dessa natureza.

Ascensão da mulher no Brasil
Como é fato inédito na história do Brasil, desde Janeiro deste ano, uma mulher – Dilma Rousseff – preside nosso país.

Copa do Mundo e Olimpíada no Brasil
Apesar de não muito provável, os eventos esportivos sediados no Brasil em 2014 e 2016 podem aparecer da seguinte forma: impactos das obras nos grandes centros urbanos brasileiros e reformas urbanas no Rio de Janeiro.

Morte de Osama bin Laden
O mandante do maior atentado terrorista já executado no mundo – o 11 de Setembro –, foi morto por forças americanas. Esse fato pode trazer à tona discussões sobre o terrorismo como ferramenta política. Morte de Osama bin Laden: depois de 3.519 dias, duas guerras e 1,18 trilhão de dólares em gastos militares, o home mmais procurado do planeta, mandante do maior atentado terrorista já executado, o 11 de Setembro, foi morto por forças americanas. A operação aconteceu nos arredores de Islamabad, capital do Paquistão, e levou milhares às ruas de Nova York e Washington. O episódio traz à tona discussões sobre o terrorismo como ferramenta política. Como energia é tema prioritário no Enem, questões sobre o petróleo merecem atenção.

China: o acelerado crescimento chinês pode motivar algumas questões que evidenciem as parcerias com o Brasil e os impactos na nossa economia. Mais uma vez, gráficos, tabelas e textos de apoio podem aparecer.

Revolução no mundo árabe: inciada com a vitória das massas da Tunísia, derrubando a ditadura de Ben Ali, atingiu o ditador egípcio Hosni Mubarak, até então no no poder há três décadas, e instigou a revolta na Argélia, na Jordânia e também no Iémen, ameaçando estender-se pelos demais países do chamado mundo árabe. A característica principal da revolução árabe é a força do levantamento independente das massas contra os partidos, organizações e governos. A outra característica é a inexistência de uma verdadeira liderança, em razão do uso da internet como meio de mobilização popular. O popularização das redes sociais pode ser um outro tema do ENEM.

Crise econômica nos EUA e na Europa: os EUA chegaram ao limite de US$ 14,3 trilhões para sua dívida pública. O presidente Obama negociou com a câmara dos deputados e o senado norte-americanos para elevar este valor para tentar evitar o risco de um calote nos investidores, o que faria o mundo entrar em entrar em recessão. Na Europa, a crise na Grécia exigiu dos países europeus um segundo aporte financeiro de mais de 100 bilhões de euros a fim de evitar que contagie Portugal e Irlanda, Bélgica, Itália e Espanha porsuas altas dívidas.

Aproveite que ainda dá tempo de rever esses fatos!!

Boa sorte! Prof. Henrique

Plebiscito: 11 de dezembro - Se aprovada, divisão do Pará criará mais dois Estados

Dois novos Estados podem surgir na região norte do Brasil, dependendo da decisão de um plebiscito para a separação do Pará em três, formando os estados de Carajás e Tapajós. A proposta é rejeitada por grupos que apontam nela interesses políticos, sem benefícios para a população.

Direto ao ponto: Ficha-resumo

O plebiscito foi aprovado pelo Congresso em maio e será realizado em 11 de dezembro. O Brasil possui hoje 27 unidades federativas, sendo 26 Estados e o Distrito Federal. Se a divisão for aceita pelos paraenses, será a primeira vez que um Estado brasileiro surgirá das urnas, de uma decisão popular.

A campanha pelo plebiscito começou em 13 de setembro. Para os defensores da medida, ela levará progresso para o interior do Estado, onde a ausência do governo dificulta o desenvolvimento econômico.

O Pará é o segundo maior Estado do país, atrás somente do Amazonas. Santarém, por exemplo, fica a quase 1.500 km de Belém. Com a estrutura política que acompanha a formação de um Estado, será mais fácil, segundo os separatistas, direcionar recursos federais para as regiões mais distantes da capital.

Já os opositores acreditam que a separação, ao contrário, vai piorar os indicadores sociais das cidades paraenses, que estão entre as mais violentas e pobres do país. Além disso, eles apontam interesses políticos e econômicos na repartição.

De acordo com o projeto, o Pará ficaria com 78 cidades (17% do território), 4,6 milhões de habitantes e 56% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 32,5 bilhões. Tapajós, na região oeste, teria como capital Santarém, incluindo 27 cidades (58% do território), 1,2 milhões de habitantes e 11% do PIB (R$ 6,4 bilhões). Carajás, ao sul, cuja capital seria Marabá, contaria com 39 cidades (25% do território), 1,6 milhões de habitantes e 33% do PIB (R$ 19,6 bilhões).

Desde o século 19 há movimentos em defesa da criação do Tapajós, que quase chegou a ser oficializado na Assembleia Constituinte de 1988, junto com Tocantins. A separação de Carajás tem à frente pecuaristas e empresários do setor de mineração. Mas o fator decisivo para aprovação será o convencimento dos moradores de Belém. A capital concentra o maior foco de resistência à divisão do Estado.

O resultado do plebiscito será encaminhado ao Congresso. De acordo com a Constituição, a criação de Estados e territórios depende da aprovação de uma lei complementar.

Como nascem os Estados

Tramitam hoje no Congresso projetos de lei para a instituição de mais 16 Estados federativos. Os projetos podem ganhar novo fôlego, caso a população paraense aprove a divisão no Norte.

Entre os projetos está a criação do Estado do Triângulo, que separa o Triângulo Mineiro do restante de Minas Gerias, com 37 municípios; Gurguéia, no sul do Piauí, com 87 cidades (60% do território); o Araguaia, com 32 municípios, e o Mato Grosso do Norte, com 47, desmembrados do Mato Grosso; o Rio São Francisco, com 34 municípios, localizado a oeste da Bahia; o Maranhão do Sul, com 49 municípios, dividindo o Maranhão; o Oiapoque, no Amapá; e os territórios do Rio Negro, Solimões e Juruá, no Amazonas.

A primeira divisão territorial brasileira aconteceu após o descobrimento, com a fundação de 15 capitanias hereditárias. No período colonial, as capitanias foram uma maneira encontrada pela Coroa Portuguesa para compensar a falta de recursos para colonizar o país, transferindo terras para particulares.

A hereditariedade foi extinta em 1759 pelo Marquês de Pombal, mas as capitanias foram mantidas até 1821. Nessa época, a maior parte delas se tornou províncias, que deram origem a quase todos os Estados brasileiros.

No período imperial havia 19 províncias, duas delas oriundas do desmembramento do Pará (Amazonas) e de São Paulo (Paraná). Em 1828, a província de Cisplatina, no sul, se tornou independente e originou o Uruguai. Com a Proclamação da República, em 1889, as províncias se transformaram em Estados.

Em 1903, o governo comprou da Bolívia três territórios que, em 1920, seriam unificados para formar o Acre. Durante a Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas desmembrou seis territórios estratégicos do país: Amapá, Fernando de Noronha, Guaporé, Iguaçu, Ponta Porã e Rio Branco.

Com o fim da guerra, Ponta Porã e Iguaçu foram reincorporados aos Estados de Mato Grosso (hoje, Mato Grosso do Sul), Santa Catarina e Paraná. Os demais viraram Estados: Rio Branco virou Roraima e Guaporé, Rondônia. Fernando de Noronha voltou a pertencer a Pernambuco.

Em 1960 o território de Goiás passou a abrigar o Distrito Federal, enquanto a antiga capital do país, a cidade do Rio de Janeiro, se tornou o Estado da Guanabara, de 1960 a 1975. Em 1977 parte de Mato Grosso virou o Mato Grosso do Sul e, na Constituinte de 1988, foi criado o Tocantins, ao norte de Goiás.

Fonte: UOL Educação