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Blog com temas geográficos e atualidades voltado para estudantes, professores e candidatos ao Enem.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

- Especial China

O Despertar do Gigante Vermelho

 Pois bem então, falemos da China, oh sim a pobre/rica China, passa por momentos de crise em seu país, o despertar do Gigante Vermelho já se deu. Agora o grande dragão vermelho precisa se alimentar e não é de se estranhar que o país com a maior população do mundo - por volta de 1,3 bilhão de habitantes - também seja o maior consumidor de matéria-prima do mundo.
A China como um todo tem gastos exorbitantes, seja para manter a sua “mísera” população, ou para manter sua política de prosperidade. O Socialismo à Chinesa de Pequim em nada difere do Capitalismo Cosmopolita de Nova York e isso graças a desmaoização que irei falar sobre logo adiante. A China é criticada por ser controversa nesse ponto, mas a questão desse país ser ao mesmo tempo um pais socialista e também a segunda maior potência mundial se deve ao fato da chamada desmaoização. Esse é o nome dado ao processo o qual a China passou após a morte do líder do povo Mao Tse-Tung. O conjunto de reformas do processo de desmaoização encaminharam o país para um maior avanço agrícola, industrial, militar e tecnológico, buscando a ampliação da eficiência sem abandonar o socialismo e o sistema de partido único, subordinando os aspectos político-ideológicos ao desenvolvimento econômico. Posteriormente, o Partido Comunista Chinês afrouxou o controle governamental sobre a vida pessoal dos chineses e dissolveu as comunas. Muitos camponeses receberam terras, de modo a aumentar os incentivos à produção agrícola. Estes eventos marcaram a transição da China de uma economia planificada para uma economia mista socialista-capitalista com um mercado crescentemente e livre, um sistema chamado por muitos de "socialismo de mercado".
É controverso dizer o que vou dizer? Sim, porém, é a verdade. A China alavancou a sua competitividade diante do cenário econômico mundial com concorrência desleal e jogou o valor da mão de obra aos confins do submundo salarial. Ao lembrar de trabalhadores chineses as duas primeiras coisas que vem a nossa cabeça são: mão de obra barata e trabalho escravo.Bom, se trabalho escravo já não fosse uma barbárie por lá isso pode ser considerado o de menos. Por ser um país tão grande, a diversificação das coisas ficam às vistas. Não podemos esquecer também do escândalo das fábricas da Nike, onde crianças trabalhavam 8, 12 e até 16 horas por dia, e no caso, muitas delas moravam nas próprias fábricas. Esses escândalos acontecem às pencas por lá, recentemente temos o caso das fábricas da Foxconn que produzem a maioria dos portáteis da Apple - iPad, iPhone, iPod, etc… - onde os trabalhadores simplesmente cruzaram os braços e esperaram por uma melhora em suas condições de trabalho. Além da carga horária exaustiva os trabalhadores da Foxconn são conhecido também por promover suicídios em massa.
Aos que aqui leem esse texto, esse delito informacional, eu confesso-lhes que sou um libertário, um amante da liberdade civil e me magoa ver a China apregoar tanto por um país unido, mas que na verdade seria um caos, uma anarquia, não fosse o medo do Partido e suas represálias instigados na nação chinesa. Esses atos cometidos por esses pobres trabalhadores chineses são frutos de uma semente que a muito foi plantada. Que aliás foi plantada no início da era Tse-Tung. Pobres de direitos são os que vivem na China onde as tentativas de revisionismo são minadas ao preço da morte. Ferverei essa discussão mais adiante neste mesmo artigo.
A China na verdade é como um burguês bonachão, que almoça no McDonald’s um Big Mac, toma Coca-Cola. A noite, é um garoto humilde de família pobre, que janta batatas num encontro de pseudo-comunistas.
Nas tardes tediosas a China brinca de dona do mundo, e o resto do mundo complacentemente se prosta diante dela e a enleva mais ainda. Infelizmente e paradoxalmente a China é dona do mundo. No mundo hoje, se o produto não é fábricado na China ele é fabricado em suas irmãs menores Tailandia, Indonésia, Vietnã, India. - não irmã de sangue ou diplomáticos - O mundo sucumbiu perante o Dragão Chinês, até mesmo os EUA, como podemos ver na foto da tampa de bueiro da cidade de Nova York.
Mas no final das contas, esses são os preços que a China tem a pagar para estar na posição que está, com PIB de 6.988 trilhões de dólares e segunda potência mundial em termos de influência. Esse e outros motivos que favorecem o crescimento ou a establidade dela infelizmente estão sendo o mal necessário para ela e o triste é que isso não é realmente percebido. A China é muito acusada de manter inúmeros Estados totalitários ao redor do mundo, principalmente na África.
A África, é um continente de coitados, os esquecidos do mundo, onde gananciosos e vigaristas planejam e realizam seuscoups d'état longe dos olhos do resto do mundo, totalmente relegados ao descaso. Não irei proteger a “polida” Diplomacia Econômica da China aqui, mas direi algo que infelizmente é a verdade. A África é um continente inteiramente pobre, e à mercê dos poderes corruptos de seus governantes indecentes – embora por lá existirem também os justos e honestos - e por viver nessa realidade, a África conhece melhor do que qualquer um a “maldição dos recursos naturais”, que se dá em regimes autoritários preocupados apenas com o lucro da mineração, e mantidos em seus postos graças a forças armadas bem equipadas e remuneradas. E, colocando aqui a China em foco, que, do lado de outros países em crescente expansão, se vê no meio de outra maldição, a “maldição dos recursos investidos”, porque terminam como cúmplices de Estados autocráticos. E quanto mais dependência há das matérias-primas dos fornecedores, mais se assegura a sobrevivência de seus governos. Não é questão de enxergar na China um bode espiatório para os problemas que pululam na África, mas sim é uma questão de sobrevivência.
O crescimento anual da população chinesa é de 20,3 milhões de habitantes, e não há outra maneira de suprir a demanda dessa população sem recursos, sendo que - energéticamente falando - a China consegue suprir apenas ¼ da sua demanda, enquanto os EUA por exemplo conseguem suprir ⅔ - isso, é claro, levando em conta as jazidas de petróleo do Canadá - infelizmente essas relações diplomático-econômicas que a China mantêm são o mal necessário, porque ou é isso, ou é ver algumas centenas de milhares de chineses morrendo de frio, fome, etc…
Para amenizar tudo isso, a China no mínimo deveria mudar parte de sua Política Interna. Em 1956-57 o Partido Comunista Chinês desenvolveu o conhecido Desabrochar das Cem Flores, a premissa era bela e ideologicamente perfeita, acima de tudo, ela teria sido perfeita se não tivesse desabrochado no Grande Salto Adiante, e culminado na famosa Revolução Cultural Chinesa, que de Cultural não teve nada. Todos esse acontecimentos levaram a China ao descrédito internamente e exteriormente. Existe um sábio provérbio, ao qual fiz uma adaptação para esse assunto: “Um país é como um espelho no qual o cidadão se vê, e, para o país, o cidadão é por sua vez um espelho no qual ele se vê no futuro”. Mas os cidadãos chineses, se espelham mais em seu país pelo medo e pela lavagem cerebral a à qual são submetidos do que por orgulho tenro enraizado na alma. Hoje a China passa pelo que parece ser um novo Desabrochar das Cem Flores, mas esperamos que todos os acontecimentos anteriores não se repitam. E quanto ao seu relacionamento com ditadores e a pior estirpe de dirigentes, não há o que fazer, podemos apenas olhar a China como um polvo a invadir as terras subsaarianas em busca do Sangue Negro.

Artigo escrito por Rennan Willian

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Protestos pelo Brasil a fora

Parece mesmo que o povo brasileiro que sempre foi taxado de acomodado, resolveu dar um recado para os governos, segue as imagens do protestos nas principais avenidas de Campo Grande MS.






Fifa ameaça cancelar a Copa das Confederações

direto do Uol
A Fifa deu um ultimato ao governo brasileiro: ou as autoridades nacionais garantem a segurança da Copa das Confederações, dos jogadores, comitivas e membros da imprensa internacional que estão no Brasil, ou irá cancelar a realização do evento.

UOL Esporte apurou que a cúpula da entidade que controla o futebol mundial levou à presidente Dilma Rousseff o seguinte recado: se mais algum membro da Fifa, das seleções que participam da Copa das Confederações ou da imprensa internacional sofrer algum tipo de violência advinda dos protestos que tomaram conta do país, a Copa das Confederações será cancelada.
Oficialmente, a entidade e o Comitê Organizador Local negam qualquer tipo de reclamação ao Governo Brasileiro ou a possibilidade de suspensão da Copa das Confederações. A área de comunicação ligada à Presidência afirma desconhecer o assunto.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Reservas de MS têm áreas menores do que as da Amazônia

FABIANO MAISONNAVE 
DE SÃO PAULO

Em comparação com a região amazônica, os indígenas de Mato Grosso do Sul dispõem de áreas bastante pequenas, superpovoadas e próximas a centros urbanos.
A maioria das terras indígenas do Estado foi demarcada entre os anos de 1915 e 1928, quase todas com áreas inferiores a 3.000 hectares. Na época, o governo previa que os indígenas seriam assimilados e desapareceriam como grupo étnico. Mas não foi o que ocorreu.

Atualmente, os terenas, com uma população de 28 mil índios em Mato Grosso do Sul, têm apenas sete reservas exclusivas à etnia, que, somadas, chegam a cerca de 20 mil hectares, de acordo com os dados da Funai.
Já o produtor rural e ex-deputado estadual tucano Ricardo Bacha, cuja fazenda Buriti foi palco de confronto entre terenas e policiais na semana passada, tem cerca de 6.300 hectares, dos quais 800 hectares estão em litígio.
A situação mais grave é a da reserva de Dourados, onde, em apenas 3.475 hectares, vivem 14 mil índios guaranis-caiovás. A densidade demográfica ali é de 403 habitantes por km², quatro vezes maior do que a de Campo Grande, capital e maior cidade sul-mato-grossense, com 97 habitantes por km².
Em todo o Mato Grosso do Sul, onde vive a segunda maior população indígena, com 73 mil pessoas, são 601 mil hectares regularizados. A maioria dessas aldeias está na periferia de cidades, enquanto os sem-terra vivem de forma mais precária em acampamentos à beira de estradas ou são migrantes em centros urbanos.