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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Entenda as diferenças entre as crises migratórias na Europa e na Ásia

Entenda as diferenças entre as crises
migratórias na Europa e na Ásia
LORNA COOKE
DA ASSOCIATED PRESS, EM BRUXELAS (BÉLGICA)
21/05/2015 - Fonte: Folha de SP (uol)


Elas podem estar separadas por milhares de quilômetros e grandes extensões de mar, mas as pessoas que arriscam suas vidas no mar Mediterrâneo e no mar de Andaman, no sudeste da Ásia, parecem estar seguindo o mesmo roteiro.
O risco de subir em uma embarcação que pode ou não ter condições de navegar em segurança é avaliado como justificado, quando contraposto às ameaças de conflitos, perseguição e miséria. Seria difícil imaginar uma decisão de consequências mais sérias.
Nos círculos políticos, todos afirmam estar preocupados com o problema dos
migrantes, mas até recentemente poucos demonstraram qualquer interesse
em ajudá-los de fato, oferecendo-lhes refúgio.
Na linha do front, não há espaço para sinais conflitantes.
"Comecei a chorar quando vi as pessoas gritando, acenando com suas mãos
ou roupas", disse o pescador Razali Puteh, que na quarta-feira (20) saiu para
ajudar a resgatar 430 pessoas em petição de miséria ao largo da costa da
Indonésia. "Não podia deixá-las morrer, porque também são seres humanos.
Como eu.
Sob o olhar de uma mídia atenta, após a morte de centenas de migrantes e as histórias de heroísmo que emergiram diante do desespero, agora a Europa e a Ásia estão pelo menos tendo discussões atrasadas sobre medidas de emergência e comprometendo-se a buscar soluções de curto prazo.
Qualquer que seja a resposta unificada apresentada, ainda há questões enormes a ser encaradas. Quem vai acolher e pagar pelos migrantes aceitos pelo fato de se qualificarem para asilo, e qual será a melhor maneira de mandar de volta aqueles que viajaram em busca de trabalho e não satisfazem os critérios para receber status de refugiados?
A seguir, algumas das semelhanças e das diferenças importantes entre as crises no sudeste asiático e na costa sul da União Europeia. 

A MOTIVAÇÃO

Ásia: a maioria dos migrantes faz parte da perseguida minoria muçulmana rohingya, de Mianmar, enquanto outros são bengaleses fugindo da pobreza em seu país. Os rohingya fogem da perseguição e discriminação, razão pela qual, pela lei internacional, podem ter direito ao status de asilados ou refugiados. Mais de 3.000 deles desembarcaram em pontos da costa do sudeste asiático nas últimas três semanas. E, segundo grupos humanitários, há milhares de outros à deriva no mar.
UE: os migrantes que procuram chegar à Europa são em sua maioria sírios, afegãos e somalis desesperados para escapar de conflitos, ou eritreus, em muitos casos fugindo do recrutamento militar forçado. Mais de 80 mil migrantes já chegaram à costa europeia este ano.

A VIAGEM
Ásia: muitos dos rohingyas e bengaleses viajam em embarcações operadas por traficantes humanos, passando pelo mar de Andaman em direção a Tailândia, Malásia e Indonésia.
UE: A maioria dos migrantes que querem chegar à Europa atravessa o Mediterrâneo, partindo da Líbia ou Turquia e desembarcando na Itália, Grécia e Malta. Também eles são canalizados por traficantes de pessoas. Muitos também viajam por terra, passando pela Turquia e chegando à Bulgária ou Grécia.

OS TRAFICANTES

Ásia: milhares de rohingyas foram atraídos por traficantes de pessoas e, em muitos casos, mantidos em cativeiro a bordo de seus barcos ou em acampamentos na selva da Tailândia, em troca de resgate. Mas, após repressão regional, os traficantes e seus capitães abandonaram os navios e sua carga humana no mar. Muitos refugiados já morreram no mar.
UE: quadrilhas criminosas que atuam em torno do Mediterrâneo deslocam seu centro de operações em resposta a qualquer ação repressora da guarda costeira. A UE autorizou uma operação militar para derrubar seu "modelo econômico" e destruir suas embarcações, mas especialistas acham provável
que o esforço tenha grande impacto.

A REAÇÃO
Ásia: Nenhum país do sudeste asiático lançou qualquer esforço naval para salvar os refugiados à deriva. Em alguns casos, pescadores indonésios resgataram os migrantes desesperados e os levaram para a terra.
UE: a agência de fronteiras da UE tem a operação Tríton patrulhando o Mediterrâneo. Seus navios e aviões resgatam pessoas, até nas proximidades da costa líbia, quando um chamado de emergência é feito por migrantes. Mas muitas embarcações civis e comerciais também vêm salvando pessoas.

OS GOVERNOS

Ásia: em uma reunião de emergência na quarta-feira, Malásia e Indonésia concordaram em "oferecer alguma acolhida temporária, desde que o processo de assentamento e repatriação seja feito em um ano pela comunidade internacional". A Tailândia disse que já está sobrecarregada de refugiados de
Mianmar, mas concordou em oferecer assistência humanitária.
UE: após uma semana na qual temeu-se que quase mil migrantes tivessem morrido afogados, líderes da UE convocaram uma cúpula de emergência em 23 de abril. Eles se comprometeram a destinar embarcações, aviões e outros equipamentos para a operação Triton, de modo provisório. A Comissão
Executiva da UE lançou uma agenda de mais longo prazo para a migração e na próxima semana vai propor um mecanismo emergencial temporário para redistribuir pessoas aceitas como candidatas a asilo. Os planos para um sistema de cotas não são bem vistos.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Climatologia


A IMAGEM DE SATÉLITE ACIMA ILUSTRA UM VÓRTICE CICLÔNICO QUE FOI RESPONSÁVEL PELO ALTO VOLUME DE CHUVA DOS ÚLTIMOS DIAS EM GRANDE PARTE DA REGIÃO CENTRO-SUL DO BRASIL!! - 

El Ninho causando as primeiras impressões...

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Vênus e Júpiter se alinham no céu!

Brilho intenso:
"Júpiter e Vênus são os dois planetas mais brilhantes do sistema, ficando atrás apenas da Lua e do Sol neste quesito.
Vênus tem inclusive o apelido de Estrela D'Alva. A última vez que os dois corpos estiveram em conjunção foi em 2014!"