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Blog com temas geográficos e atualidades voltado para estudantes, professores e candidatos ao Enem.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Arquivos de aulas disponiveis

Arquivos das aulas de Geografia Regional MS e Aspectos Morfoclimaticos Brasil com enfase para eventos climaticos - Para alunos do cursinho pré-vestibular CEU/STATUS CG-MS.

Arquivos para Download

Dominios Morfoclimaticos:
http://www.4shared.com/file/160987231/d0f7285f/DOMINIOS_MORFOCLIMATICOS-Profe.html

Geo Regional MS:
http://www.4shared.com/file/160997242/3bdfc692/Aspectos_de_Crescimento_no_Mat.html

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A visita do presidente do Irã ao Brasil: uma tentativa de Lula se fazer notar

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Brasil quer implantar uma política para tentar ser o mediador no conflito entre EUA e Irã. Isso é uma clara tentativa da chancelaria brasileira para tentar tornar grande a política externa brasileira, pois se o país conseguir mediar um conflito tão importante como esse, começará a ser considerado grande na política externa global. Pessoalmente, acho muito difícil que o país conseguir se impor como mediador deste conflito.

Há também a possibilidade de aumentar o comércio entre os dois países, já que o Irã detém grandes reservas de petróleo, carvão, gás, ferro e cobre. Essa seria uma faceta mais pragmática do encontro e por onde a Chancelaria brasileira estaria tentando "vender" o encontro. Na opinião deste blog, Lula tenta se aproximar de Mahmoud Ahmadinejad para se tornar um ator mais conhecido em âmbito global. Não que Lula seja um figura desconhecida lá fora. Na Europa e na África e em alguns países da Ásia, o presidente brasileiro é muito conhecido e visto como um líder carismático e forte. Mas Lula quer que o Brasil desempenhe um papel mais atuante no cenário global (a ideia de ter uma cadeira vitalícia no Conselho de Segurança da ONU ainda permanece na cabeça dos diplomatas brasileiros). O comércio com o Irã pode não ser impossível, mas é muito difícil, dada a proximidade com China e Japão e os altos investimentos dos empresários destes dois países no território iraniano. Lula pretende se aproximar de Ahmadinejad para se aproximar do Oriente Médio e se fazer valer nas discussões internacionais sobre a região, que é mais inconstante geopoliticamente falando.

Se o Iatamaraty quer passar a mensagem de um encontro com foco comercial, a verdade é que Lula uqer se tornar um agente de importância na geopolítica internacional, utilizando a situação de país neutro do Brasil para atuar como mediador em conflitos e ser parceiro de países importantes, independente da posição política.

As queixas contra Ahmadinejad são muitas vezes impróprias, pois se o presidente do Irã é conhecido por polemizar, como negar o Holocausto ou ser contra os homossexuais, não é motivo para prostestos, afinal há muitos outros países que mantém relações comerciais e diplomáticas influentes com o Irã, como o Japão, e não são criticados por isso. Não que este blog defenda as posições radicais e infundadas do presidente do Irã. Mas como sempre defendemos aqui, a política externa deve ser feita sempre pensando num âmbito maior, nunca com um pensamento fechado e olhando para o local. George W. Bush poderia muito bem ser considerado um tirano, os israelenses comentem há anos crimes de guerra contra os palestinos que vivem na Faixa de Gaza. Nos EUA, país mundialmente conhecido pelo seu histórico de respeito às liberdades e democracia (devido à forte propaganda) tem mais de 20 deputados e senadores mórmons, que são também eles completamente contra o homossexualismo.

Quanto ao programa nuclear iraniano, todos sabem que a vontade dos aiátolas é a fabricação de armas atômicas. Sobre isso, Lula deverá aplicar a receita da dipliomacia: afirmar que os embargos ao Irã devem ser reduzidos até que se prove que o país realmente pretende utilizar a energia nuclear para fins bélicos; e ao mesmo tempo vai pedir que Teerã coopere com a Agência Internacional de Energia Atômica e abra as portas de suas usinas. Lula deverá defender o uso de energia para fins pacíficos e reiterar que o Irã tem direitos e obrigações a cumprir. Em ocasiões anteriores, Lula já disse que todos os países signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear - caso do Irã e do Brasil - têm o direito de enriquecer urânio para produção de energia para fins civis. A expectativa é de que o presidente Lula afirme que o governo brasileiro é contrário a sanções contra o Irã antes de serem esgotadas todas as etapas de negociação sobre o programa nuclear iraniano.

Ao se aproximar do Irã, Lula busca consolidar no exterior sua figura de grande líder. Também é uma forma de mostrar aos EUA que o Brasil pretende ser um parceiro dos americanos, mas que também pretende ter a sua própria política externa, se aliando a outros países que considerar ser do seu interesse. A política externa brasileira em relação aso EUA é clara: somos amigos, mas não somos dependentes. Por último, é uma forma de Lula se fazer crescer como líder dos países emergentes, tentando colocar o Brasil como o chefe dos países em desenvolvimento.