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Blog com temas geográficos e atualidades voltado para estudantes, professores e candidatos ao Enem.

terça-feira, 29 de maio de 2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Entenda mais sobre a geada de 1975

ESPECIAL - 35 ANOS DA GEADA DE 1975 - Entenda o que foi a Geada Negra que dizimou todas as plantações de café do Paraná

No dia 18 de julho de 1975, uma forte geada dizimou todas as plantações de café do Paraná, o que provocou o êxodo de cerca de 2,6 milhões de pessoas.
 

  Daniel Panobianco 

Foi no amanhecer de 18 de junho de 1975, há 35 anos, que uma das geadas mais intensas do século passado reduziu a zero a área cultivada com café no Estado do Paraná. Em escala maior, o próprio Paraná nunca mais foi o mesmo. Aquela manhã fria, aliada a outros fatos ocorridos na mesma época, disparou uma série de transformações econômicas e demográficas que fizeram do Estado o que ele é hoje.

As estatísticas dão uma dimensão grandiosa dos eventos daquele dia. Na safra de 1975, cuja colheita já havia sido encerrada antes da geada, o Paraná havia colhido 10,2 milhões de sacas de café, 48% da produção brasileira. Era o maior centro mundial nessa cultura e tinha uma produtividade superior à média nacional. No ano seguinte, a produção foi de 3,8 mil sacas. Nenhum grão de café chegou a ser exportado e a participação paranaense na produção brasileira caiu para 0,1%.

Nos dias seguintes já começava a consolidar-se uma idéia de que o estrago seria duradouro. O governador Jayme Canet Júnior anunciava que o orçamento do Estado seria reduzido em 20% no ano seguinte.

O prognóstico dos especialistas era de que o prejuízo chegaria a Cr$ 600 milhões (o equivalente, pela cotação da época, a US$ 75 milhões), apenas nas lavouras de café. Outras culturas, como o trigo, também sofreram perdas importantes, de mais de 50%. Mas era o café que sustentava a economia do Paraná naquela época – uma situação que mudaria logo em seguida, já que os cafeicultores nunca mais se recuperariam desse impacto.

Como ocorre a geada:

Geada é o congelamento do orvalho na superfície e pode atingir diferentes intensidades. Para ocorrer este congelamento não é necessário que a temperatura no ar esteja igual ou menor que 0°C. Isto porque na superfície, a temperatura pode ser até 05°C menor que no ar, dependendo da perda radioativa que a superfície perde. A temperatura na superfície é chamada de temperatura na relva. Então, com temperaturas de até 05°C pode-se ocorrer geada. Quando se forma apenas uma camada de gelo na superfície chama-se de geada branca e quando a seiva das plantas congela chama-se de geada negra. Esse último tipo é a mais devastadora para as plantações, mas só ocorrem em cidades bem frias e no Brasil afeta apenas as cidades serranas do Sul. A geada negra muitas vezes se forma devido ao vento muito gelado que congela as plantas e nem sempre forma gelo na superfície em função de ocorrer durante qualquer hora do dia quando o ar esta mais seco. A geada branca atinge diferentes intensidades. É considerada como geada fraca quando a temperatura do ar está entre 03°C e 05°C, mais ou menos.

Moderada, quando a temperatura do ar está entre 01°C e 03°C, mais ou menos e geada forte, quando a temperatura do ar está menor ou igual a 0°C. As geadas fortes são as geadas negras. Porém já foram registradas geadas com temperaturas de 06°C, pois a temperatura na relva ficou até 07°C menor que no ar. Isto porque dependendo das condições de umidade relativa do ar a perda de temperatura na superfície é muito maior.
Até onde chegou o frio no Brasil:

Dados do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) apontam que na mesma época, uma seqüência assustadora de geadas ocorreram em toda a Região Sul, além dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, e até no sul e oeste de Mato Grosso e sul de Rondônia.
A potente onda de ar frio de 1975 atravessou completamente a linha do Equador levando queda de temperatura em Estados como Amazonas e Roraima.

 

 

terça-feira, 22 de maio de 2012

PROFESSOR MARCIANO DANTAS: GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO

PROFESSOR MARCIANO DANTAS: GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO: O NASCIMENTO DA INDÚSTRIA PETROLÍFERA   Atualmente, mais de 90% da energia utilizada no mundo vem do consumo de combustíveis fósseis. ...

terça-feira, 15 de maio de 2012

Geografia Urbana - Material de estudo para ENEM 2012

Megalópoles 
 
São grandes áreas urbanizadas que se estendem na região de influência de duas ou mais metrópoles. Entre as metrópoles, crescem cidades médias e pequenas, subúrbios residenciais e distritos industriais, áreas de agricultura intensiva de hortaliças e legumes ou bacias leiteiras. O conjunto da megalópole apresenta uma forte integração econômica e intensos fluxos de pessoas e mercadorias. Meios de transporte rápidos – trens expressos, autopistas e pontes aéreas – sustentam esses fluxos. A primeira megalópole a se constituir – e ainda hoje a mais importante – é Bos-Wash, o imenso eixo urbano no qual se destacam as metrópoles de Boston, Nova York-Nova Jersey, Filadélfia, Baltimore e Washington. Ocupando terras pertencentes a dez estados e centenas de governos municipais, a megalópole da costa leste dos Estados Unidos prenuncia a superurbanização do mundo.
 

 Bos-Wash Nos Estados Unidos existem mais dois espaços com a vocação de se transformarem em megalópoles. Um é a zona altamente urbanizada no sul dos Grandes Lagos, de Chicago a Pittsburgh, a Chipitts, que abrange grandes cidades como Milwaukee, Detroit e Cleveland. 


Na costa do Pacífico, o cinturão industrial da Califórnia, constituído no pós-guerra, que se estende de San Francisco a San Diego, passando por Los Angeles, está localizada a megalópole denominada San-San. Chipitts San-San 

 
 No Japão, onde a maior parte da população e da produção industrial está espremida nas terras escassas do litoral sudeste, nasceu a megalópole Tokaido, cujos pontos extremos são as metrópoles de Tóquio, Yokohama e Osaka, abrangendo ainda os grandes centros urbanos de Nagoya, Kobe e Kioto. O célebre trem bala, o shinkansen, é talvez, a imagem que melhor sintetiza a unidade da megalópole japonesa do Pacífico. Na Alemanha, o fenômeno da conurbação se expressa pela urbanização extensiva ao longo do eixo do rio Reno, abrangendo diversas cidades médias. Essen, Dusseldorf, Colônia e Bonn são os principais centros desse corredor urbano, que pode ser visto como uma megalópole de tipo especial, por não abrigar nenhuma verdadeira metrópole. As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, separadas por apenas cerca de 400 quilômetros, configuram o principal eixo econômico do país. A expansão das suas regiões metropolitanas e das cidades localizadas sobre o eixo de circulação que as conecta está conduzindo ao surgimento da primeira megalópole do país. São Paulo e Rio de Janeiro estão conectados por eixos de circulação rodoviários e ferroviários estabelecidos no Vale do Paraíba. Ao longo desse eixo, adensa-se o espaço urbanizado que está sob o comando das metrópoles. Na parte paulista do Vale, destacam-se os centros industriais de São José dos Campos e Taubaté. Na parte fluminense, situa-se o grande pólo siderúrgico de Volta Redonda. Outros centros industriais – como Jacareí (SP), Guaratinguetá (SP), Resende (RJ) e Barra Mansa (RJ) – dinamizam os fluxos da megalópole em formação.

Fonte: Adaptado de Geografia – A Construção do Mundo (Geografia Geral e do Brasil), Demétrio Magnoli e Regina Araújo (Editora Moderna, São Paulo, 2005.)