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Blog com temas geográficos e atualidades voltado para estudantes, professores e candidatos ao Enem.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Geopolítica Nacional: 50 anos do golpe militar

Por Henrique Subi

Na noite de 31 de março de 1964, tropas militares deslocaram-se para o Rio de Janeiro (ainda sede da maioria das instituições públicas, que demoraram a migrar para Brasília, inaugurada em 1960) e depuseram o Presidente João Goulart, acusado de planejar instituir o comunismo no Brasil. Desse momento em diante, foram 5 presidentes militares (Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo) e 21 anos de ditadura.
As atrocidades cometidas contra os opositores do regime, como as torturas e mortes, o exílio de diversos intelectuais e a intensa campanha da mídia para garantir o apoio popular à tomada de poder pelos militares são bastante conhecidas. Esse aniversário é marcado, mais propriamente, por polêmicas levantadas pela releitura dos efeitos da ditadura no cenário econômico e social.
De um lado, retoma-se a ideia de revisão da Lei de Anistia (Lei nº 6.683/1979), a qual extinguiu a punibilidade por todos os crimes políticos praticados durante o regime militar. A amplitude do texto da lei perdoou tanto civis que lutaram contra a ditadura (praticando atentados, sequestros e homicídios) como os próprios militares e suas torturas, cárceres privados e homicídios.
A proposta é considerar que somente os atos de luta popular pela democracia são crimes políticos, transformando a tortura e as mortes causadas pelos representantes do regime como crimes contra a humanidade e, portanto, imprescritíveis. Busca-se, assim, condenar os comandantes e executores da repressão e manter o status de liberdade dos rebeldes.
A nosso ver, essa discussão é um tanto inócua. Por mais deploráveis e desprezíveis que tenha sido os atos de tortura e morte causados pelos militares, o Direito Penal assegura que, uma vez extinta a punibilidade pela anistia, não há como reverter essa situação para impor uma condenação ao agente. Podemos não concordar com essa regra, mas quebrá-la por razões ideológicas abriria um sério precedente para que o mesmo ocorresse com outros crimes.
Questiona-se também o “milagre brasileiro” dos anos 70 e 80 . Não que o país não tenha crescido economicamente no período em níveis nunca repetidos. A crítica se faz sobre seu verdadeiro significado. Se pensarmos o crescimento econômico exclusivamente como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), realmente houve um milagre. Contudo, o aumento do PIB foi conseguido a custo de uma dívida externa impagável, direcionamento de contratos a empresas simpáticas aos militares a preços nem sempre honestos e uma forte escalada da concentração de renda. Socialmente, portanto, não podemos dizer que houve um milagre.
Ademais, no período democrático que antecedeu o regime militar, o crescimento econômico do país foi bastante razoável e, defendem alguns, sem as obras exageradas e faraônicas dos generais.
Não há o que comemorar nesta data, mas que ela sirva para ensinarmos aos jovens a importância da democracia, da liberdade de expressão e do controle exercido sobre o governo – três conceitos que estão intimamente ligados e não existem um sem o outro. Se o comunismo já não é mais o “vilão” a ser derrotado, há que se atentar para o fervor interno de uma parcela da população que não conheceu ou já se esqueceu o que significa viver sob uma ditadura violenta.


Com quase 30 anos, Escort XR3 é encontrado zerinho ‘perdido’ em galpão

Mayara Sá, com informações do Estadão

Um esportivo Escort XR3, que foi o sonho de muito marmanjo por ai, foi encontrado zerinho em galpão em Campinas, interior de São Paulo. O carro de 1985, que ano que vem já será considerado uma raridade, e terá direito, inclusive, a famosa placa preta, foi encontrado em estado de total abandono.

O leitor do site Autodynamics postou as fotos do carro, que para surpresa, de quem o encontrou, registrava míseros 167 quilômetros rodados.

No carro ainda havia um documento de vistoria do Departamento Estadual de Trânsito que comprova o nascimento e a originalidade do esportivo dos anos 1980.

Escort

O Ford Escort começou a sua história no Brasil em 1983, com a chegada da terceira geração do modelo. A versão XR3 usava um motor 1.6 CHT de 83 cv e 12,8 mkgf de torque associado ao câmbio manual de cinco marchas. Leve, com apenas 936 kg, o Ford se destacava por acelerar de 0 a 100 km/h em 13,4 segundos e atingir a máxima de 163 km/h, de acordo com os números da Ford.

Placa preta

Para ter uma placa preta no carro não basta pintá-la, o que aliás é proibido. Para que um carro estampe a placa preta, exclusividade de veículos com mais de 30 anos, precisa ter ainda alto índice de originalidade.

Para ter direito à placa preta um carro (ou moto, ou caminhão) precisa passar pela inspeção de algum clube de veículos antigos credenciado pelo Denatran. Na avaliação entram itens como motor, transmissão, suspensão, freios e parte elétrica, além de pintura, rodas, pneus e interior do veículo, incluindo forração e painel.


O carro perde pontos se os itens avaliados estiverem avariados ou desgastados ou se não forem originais do carro. Depois que ganha o direito de usar a placa preta o veículo não pode ser modificado, sob pena de perder o certificado. O custo para obter a placa preta varia de um clube para outro, e a avaliação feita no veículo também.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Professor brasileiro gasta 20% do tempo de aula com indisciplina

Do UOL, em São Paulo 25/06/2014

Os professores brasileiros gastam, em média, 20% do tempo de aula mantendo a disciplina na classe, segundo levantamento internacional. Ou seja, o docente gasta um em cada cinco minutos pedindo silêncio ou chamando a atenção por bagunça.

O desempenho brasileiro é o pior entre os 32 países que responderam à essa parte da pesquisa. A média entre os países é de 13%. Na Finlândia, país tido como exemplar no quesito educação, o percentual de tempo dedicado a essa atividade chega a 13%.

As informações são da edição 2013 da Talis, Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem coordenada mundialmente pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O levantamento foi divulgado na manhã desta quarta (25).

De aula mesmo, ensinando os alunos, o percentual de tempo gasto em sala no Brasil é 67% enquanto a média internacional é de 79% e a da Finlândia é 81%.

Em 12% do período de cada aula, o professor lida com questões administrativas, como o controle de presença (chamada) -- contra a média de 8% dos países que participaram da pesquisa e 6% da Finlândia.

 "Nos países da OCDE, o professor trabalha em uma única escola, em tempo integral e leciona, em média, 19 horas. Aqui no Brasil, a jornada quase dobra se pensarmos que os docentes trabalham 26 horas em mais de uma escola e em salas maiores", diz a pesquisadora Gabriela Moriconi.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

ONU: número de refugiados é o maior desde a Segunda Guerra Mundial

BBC Brasil

São 51,2 milhões de refugiados em todo o mundo; ONU diz que número cresceu porque mundo está ficando mais violento.


O número de pessoas forçadas a deixar suas casas devido a guerras ou perseguição superou a marca de 50 milhões em 2013 pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, informou a agência de refugiados da ONU.

O alto-comissário da ONU para refugiados, António Guterres, disse à BBC que o aumento é um "desafio dramático" para organizações que prestam ajuda humanitária. "Os conflitos estão se multiplicando, mais e mais", disse Guterres. "E, ao mesmo tempo, conflitos antigos parecem nunca terminar". Há uma preocupação especial com os cerca de 6,3 milhões de pessoas que são refugiados há anos - em alguns casos, há décadas.

Deslocados internamente
O Afeganistão ainda responde pela emissão do maior número de refugiados no mundo, e o vizinho Paquistão é o país que abriga o maior contingente, com cerca de 1,6 milhão deles. Pessoas em condições classificadas pela ONU como situação de refúgio "prolongada" incluem mais de 2,5 milhões de afegãos.

Em todo o mundo, milhares de refugiados de crises ausentes do noticiário têm passado boa parte de suas vidas em campos. Na fronteira entre a Tailândia e Mianmar, cerca de 120 mil integrantes da minoria karen, de Mianmar, vivem em campos de refugiados há mais de 20 anos.
Refugiados não devem ser removidos à força, segundo a ONU, e não devem retornar aos seus países ao menos que seja seguro e que tenham para onde voltar. Para muitos, entre eles os mais de 300 mil refugiados somalis no campo de Dadaab, no Quênia, esta é uma perspectiva distante.
Alguns campos se tornaram praticamente permanentes, com escolas, hospitais e comércio, de acordo com a ONU. Mas eles não são, e jamais poderão ser, um lar. Mas o número de refugiados é excedido pela quantidade de pessoas deslocadas internamente - aquelas que foram forçadas a deixar suas casas, mas que seguem em seus próprios países.
Só na Síria, acredita-se que haja cerca de 6,5 milhões de pessoas deslocadas. O conflito armado no país afetou famílias por diversas maneiras. O acesso a comida, água, abrigo e assistência médica é limitado e, por permanecerem dentro de uma zona de conflito, é difícil para agências de ajuda chegarem até elas.
De onde são os refugiados (Foto: BBC)

Exemplo de cidadania



Exemplo de cidadania e EDUCAÇÃO coisa que anda fazendo FALTA aqui no Brasil, os torcedores japoneses recolheram os seus lixos deixado após a partida de futebol pela copa do mundo.