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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Reservas de MS têm áreas menores do que as da Amazônia

FABIANO MAISONNAVE 
DE SÃO PAULO

Em comparação com a região amazônica, os indígenas de Mato Grosso do Sul dispõem de áreas bastante pequenas, superpovoadas e próximas a centros urbanos.
A maioria das terras indígenas do Estado foi demarcada entre os anos de 1915 e 1928, quase todas com áreas inferiores a 3.000 hectares. Na época, o governo previa que os indígenas seriam assimilados e desapareceriam como grupo étnico. Mas não foi o que ocorreu.

Atualmente, os terenas, com uma população de 28 mil índios em Mato Grosso do Sul, têm apenas sete reservas exclusivas à etnia, que, somadas, chegam a cerca de 20 mil hectares, de acordo com os dados da Funai.
Já o produtor rural e ex-deputado estadual tucano Ricardo Bacha, cuja fazenda Buriti foi palco de confronto entre terenas e policiais na semana passada, tem cerca de 6.300 hectares, dos quais 800 hectares estão em litígio.
A situação mais grave é a da reserva de Dourados, onde, em apenas 3.475 hectares, vivem 14 mil índios guaranis-caiovás. A densidade demográfica ali é de 403 habitantes por km², quatro vezes maior do que a de Campo Grande, capital e maior cidade sul-mato-grossense, com 97 habitantes por km².
Em todo o Mato Grosso do Sul, onde vive a segunda maior população indígena, com 73 mil pessoas, são 601 mil hectares regularizados. A maioria dessas aldeias está na periferia de cidades, enquanto os sem-terra vivem de forma mais precária em acampamentos à beira de estradas ou são migrantes em centros urbanos.

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