José Renato Salatiel*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Durante séculos, a virgindade foi considerada moeda de troca entre
famílias, e a mulher tratada como mercadoria. Os pais negociavam o
casamento das filhas para obterem bens, terras e prestígio. Esse hábito
era sancionado pela Igreja Católica, que defendia o celibato antes do
casamento
A virgindade, nesse contexto, deixou de ser uma imposição – da família,
da religião ou da cultura – para se tornar uma opção individual.
Mas a decisão da catarinense Ingrid Migliorini, 20 anos, de leiloar sua
virgindade na internet causou escândalo e repercussão na imprensa
internacional e nas redes sociais. Ela e o russo Alexander Stepanov, 23
anos, participam de um programa australiano, misto de reality show e
documentário, chamado “Virgins Wanted” (Procuram-se Virgens).
Os dois oferecem a primeira experiência sexual de suas vidas na internet para quem der o maior lance.
Treze homens inscritos, sendo oito deles brasileiros, ofereceram
quantias de US$ 1 a US$ 255 mil (R$ 510 mil) pela virgindade de
“Catarina” (pseudônimo de Ingrid). O leilão tinha data prevista para
terminar em 14 de outubro, mas foi adiado até o próximo dia 25.
Não é a primeira vez que a internet é usada como meio para garotas
venderem a virgindade. Em 2005, a modelo peruana Graciela Yataco
desistiu da oferta de US$ 1,5 milhão (R$ 3 milhões) após sofrer pressões
em seu país.
No dia 14 de outubro foi prorrogado (até o dia 25) o leilão da
virgindade da catarinense Ingrid Migliorini, 20 anos, que repercutiu na
imprensa internacional. Ela e o russo Alexander Stepanov, 23 anos,
participam de um programa australiano chamado “Virgins Wanted”
(Procuram-se Virgens).
Os dois oferecem a primeira experiência sexual de suas vidas na
internet para quem der o maior lance. Treze homens inscritos, sendo oito
deles brasileiros, ofereceram quantias de US$ 1 a US$ 255 mil (R$ 510
mil) pela virgindade de “Catarina” (pseudônimo de Ingrid).
A primeira relação sexual da garota ocorrerá em 5 de novembro, em
um voo entre a Austrália e os Estados Unidos. O local foi escolhido
pelos produtores para evitar problemas com as leis contra a prostituição
dos países. O documentário vai mostrar a vida de Ingrid – e do russo –
antes e depois da perda da virgindade.
Para feministas, o documentário explora o corpo da mulher e
reforça um estereótipo de submissão ao homem. Defensores da catarinense
argumentam que a virgindade deixou de ser tabu e que, por isso, não há
nada de errado no fato de um adulto comercializar sua primeira relação
sexual.
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